Rodopios
graciosos, onde mãos delicadas trafegam no ritmo da música que ouço.
Numa coreografia secreta, laços e sapatilha entregues à captura de seus
olhos brilhantes.Passos de garça carregam a graça da melodia dos céus.
Agora,me movimento baixinho na frente do espelho.vestida de vermelho
para contestar o rosa. Cabelos soltos e nas faces, covas, que dançam
junto com meu sorriso de menina... Uma ninfa
flutua a pureza dos seus movimentos. Embevecido, vejo você se agarrar
aos acordes da sonata e, em silêncio rouba sem qualquer constrangimento
as estrelas do meu palco iluminado. As parábolas da alma estão todas
ali, disfarçadas. Ao som de um violino envaidecido, faz galhofa da minha
fábula. Agora,bailo de costas. À medida que me afasto, ganho amplitude
de espaços e esvoaçam-se os trilhos da lógica. Nenhuma precaução,
nenhuma cautela com a direção arriscada. Somente uma única olhadela por
cima dos ombros para ganhar noção do terreno..Precipícios são possíveis e
os tombos prováveis. Todas as bailarinas desistiram ou estão
imóveis.Mesmo assim eu salto,e então........acordo.
Ainda assim, ouço os ruídos do vento.
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