terça-feira, 1 de outubro de 2013

A coisa. O Que deixa tudo com cara de metade. O que coloca tres pontinhos na última palavra. A coisa que dói e consola simultaneamente, incessantemente. O inferno silencionso que ofusca os sons da rua. A coisa. A coisa que não termina quando desperta, porque nunca dorme.  A coisa linda que eu não quero esquecer. A coisa que eu só sei lembrar. A coisa essa que não dá pra alcançar com as mãos, mas vive do meu lado o tempo inteiro.  A coisa que fala o que ninguém ouve. A coisa que toca e não tem calor, mas arrepia o corpo todo. E que não pesa o lado da cama, mas dorme comigo toda noite. A coisa que quase não tem nome, não fosse a criatividade do brasileiro em inventar pra coisa, uma palavra: Saudade.

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