Estremeço
de prazer por entre a novidade de usar palavras que formam intenso
matagal. Luto por conquistar mais profundamente a minha liberdade de
sensações e pensamentos, sem nenhum sentido utilitário: sou sozinha, eu e
minha liberdade.
É tamanha a liberdade que pode escandalizar um
primitivo, mas sei que não te escandalizas com a plenitude que consigo e
que é sem fronteiras perceptíveis.
Esta minha
capacidade de viver o que é redondo e amplo - cerco-me por plantas
carnívoras e animais legendários, tudo banhado pela tosca e esquerda luz
de um sexo mítico.
Vou adiante de modo intuitivo e sem procurar
uma idéia: sou orgânica. E não me indago sobre os meus motivos. Mergulho
na quase dor de uma intensa alegria – e para me enfeitar nascem entre
os meus cabelos folhas e ramagens.
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